Uma alternativa para o presente
Setor de Vendas Diretas agrega mais de 4 milhões de profissionais em busca de desenvolvimento de carreira ou complemento de renda, como Weyka Costa Santos de Souza.
O Brasil fechou o primeiro trimestre deste ano com 13,1% de pessoas desocupadas, o que equivale a 13,7 milhões de trabalhadores sem emprego. E muitos profissionais, ao se verem integrantes desse cenário, têm buscado em segmentos como o de Vendas Diretas a oportunidade de gerar uma renda complementar ou mesmo como alternativa de desenvolvimento de uma nova carreira.
Exemplo é Weyka Costa Santos de Souza. Aos 25 anos de idade, decidiu investir no setor que congrega mais de 4,1 milhões de brasileiros, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (Abevd). Ela começou como consultora da Tupperware em abril deste ano e, três meses depois, foi promovida à função de líder empreendedora, responsável por uma equipe composta por oito integrantes.
Este rápido crescimento entusiasma Weyka, que já faz planos de alcançar posições de maior destaque na companhia, como empresária e distribuidora. Para agarrar essas oportunidades de desenvolvimento, ela sabe que deve continuar trilhando um caminho onde conhecer os produtos e se relacionar bem com pessoas é fundamental. E, desde o início, uma frase ficou marcada para as ambições dela. “Se você ver o setor de Vendas Diretas como um bico, receberá como bico. Se o ver como seu negócio, receberá como negócio”.
Sem revelar ganhos, Keyla apenas deixa claro que seus rendimentos já superam o salário do emprego formal que tinha como representante de atendimento em uma empresa de peças automotivas, onde ficou até dezembro do ano passado. Isto é motivo de muita comemoração para a jovem que, aos 18 anos, veio de Tacaratu, sertão de Pernambuco, em busca de melhores oportunidades em São Paulo.
Segundo a vice-presidente de Relacionamento da Tupperware, Angélica Kanashiro, Keyla é exemplo de uma força de trabalho jovem que tem migrado para o setor de Vendas Diretas, por encontrar no segmento algumas características atraentes, como maior flexibilidade de horário e autonomia na tomada de decisões. “Trata-se de uma área bastante inclusiva, no qual basta vontade e querer vender, uma vez que os profissionais têm todas as ferramentas necessárias para mudar a sua vida, desde treinamentos, workshops, cursos, incentivos e premiações”, diz.
Prova desta inclusão é que o mercado de Vendas Diretas já tem 43,3% de sua força de trabalho composta por homens. “E há casos de famílias inteiras que passam a se dedicar ao negócio”, completa Angélica.
Orientações
A Abevd enumera outras vantagens para quem quer aderir ao setor de Vendas Diretas, como ser seu próprio chefe, definindo suas metas e as estratégias para alcançá-las, o baixo investimento inicial (ou ausência dele) para ingressar no ramo e a facilidade de deixar a atividade, por não haver vínculo empregatício com as empresas.
Porém, apesar de não ser um trabalho formal, o crescimento pessoal e profissional no setor também exige muita dedicação e disciplina, de acordo com a presidente-executiva da Abevd, Adriana Colloca. “Os ganhos são variáveis e vão sempre estar associados ao tempo que o revendedor dispor para demonstração e conhecimento de seu produto, o que é uma lógica do mercado”, diz.
Outras orientações da Abevd envolvem a escolha por trabalhar em empresas credenciadas pela própria associação (disponíveis em www.abevd.org,br) e conversar com profissionais que já trabalham no segmento. “Ouvir essas experiências é importante para quem quer ingressar no setor de Vendas Diretas”, finaliza Adriana.