Agência Brasil – Governo institui sistema de crédito facilitado para microempresas

O presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que institui o Sistema Nacional de Garantias de Crédito, com o objetivo de facilitar o acesso de micro e pequenas empresas ao crédito simplificado. A medida foi publicada hoje (26) no Diário Oficial da União e entra em vigor imediatamente.

Pelo novo sistema, as garantias dos empréstimos poderão ser realizadas por outras instituições, uma espécie de “fiador”. As entidades autorizadas são: as sociedades de garantia solidária e as sociedades de contragarantia; as cooperativas de crédito; os fundos públicos ou privados; e qualquer instituição cujo estatuto ou contrato social contemple a outorga de garantia em operações de crédito.

“Assim, por exemplo, um grupo de empresas poderá se juntar e montar uma cooperativa de crédito e garantir as operações que forem contratadas pelos seus cooperados”, explicou a Secretaria-Geral da Presidência, em nota.

Os fundos já em operação também poderão participar do novo sistema, como o Fundo de Garantia de Operações (FGO), do Banco do Brasil, que dá garantia aos créditos no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), e o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Entretanto, de acordo com o decreto, a instituição desse sistema não implica aporte adicional de recursos do Tesouro Nacional nas outorgas de garantias em operações de crédito, exceto se previsto em lei orçamentária.

O novo sistema de garantias integra o Sistema Financeiro Nacional. Para estimular as operações na nova modalidade, os órgãos reguladores do sistema financeiro serão responsáveis por estabelecer condições mais flexíveis nos empréstimos para esse segmento do mercado. Por sua vez, o Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá regulamentar a aceitação e a prestação de garantias por parte das instituições financeiras, estabelecendo critérios prudenciais e de supervisão.

“A criação desse novo sistema possui potencial para estimular a competição bancária, a eficiência do mercado e proporcionar maior acesso ao crédito, além de contribuir para a retomada da economia”, diz a nota, destacando que as micro e pequenas empresas respondem por cerca de 72% dos empregos formais do país.

Segundo a secretaria-geral, apesar da contribuição para a geração de vagas, essas empresas possuem dificuldades de acesso ao sistema de crédito tradicional, por não conseguirem prestar as garantias normalmente exigidas nessas operações. “Por esse motivo, elas acabam sendo preteridas pelas instituições financeiras, que podem preferir emprestar seus recursos para empresas com maior porte e patrimônio”, completou.

Em até 180 dias, as entidades autorizadas a operar pelo novo sistema deverão disponibilizar em seus sites as informações sobre a origem dos recursos que lastreiam as garantias emitidas e os saldos agregados das operações de crédito garantidas e ativas.

Edição: Aline Leal

2021-08-27T10:59:38-03:00agosto 27th, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Economia|

Diário do Comércio – Índice de confiança do consumidor apresenta melhora

Pelo quinto mês consecutivo, o Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICC-BH) apresentou alta. Em agosto, a confiança subiu 1,91% e atingiu 37,22 pontos, sendo este o maior nível desde março de 2020.

Apesar do aumento, o consumidor da Capital segue pessimista, já que o otimismo é registrado quando são superados os 50 pontos.

Dentre os fatores que contribuíram para a redução do pessimismo estão a melhor percepção em relação à situação econômica do País e ao emprego. No ano, o ICC acumula alta de 4,57% e nos 12 meses de 2,6%. Os dados são da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead)

Por outro lado, em relação à inflação, a expectativa do consumidor segue bastante negativa. O componente, que tem peso de 15,69% no ICC, foi o único com resultados negativos em todas as bases de comparação.

Em agosto, a queda na confiança em relação à inflação foi de 6,53%, acumulando redução de 7,66% no ano e expressivos 28,68% nos últimos 12 meses.

De acordo com o gerente de Pesquisa do Ipead, Eduardo Antunes, o aumento da confiança em Belo Horizonte aconteceu pelo quinto mês consecutivo.

“O ICC-BH vem apresentando aumento constante desde abril. O ritmo ficou menor que o esperado, mas isso aconteceu porque agosto não apresentou datas comemorativas, uma vez que a confiança relacionada ao Dia dos Pais é medida em julho. A alta aconteceu, basicamente, por causa das melhorias nos índices macroeconômicos puxados pelas percepções em relação à situação econômica do País e dos níveis de emprego”.

Conforme o levantamento da Fundação Ipead, a alta de 1,91% em agosto, frente a julho, foi puxada pelo Índice de Expectativa Econômica (IEE) que apresentou aumento de 5,18% na comparação com o mês anterior. A influência veio, principalmente, pela expressiva melhora na percepção dos consumidores sobre a situação econômica do País e do emprego.

Dentre os componentes, a percepção em relação à situação econômica apresentou o maior avanço. Em agosto frente a julho, a variação positiva foi de 10,47%, alcançando alta de 8,91% no acumulado do ano e 3% nos últimos 12 meses. Em relação ao emprego, as altas foram de 9,36% frente a julho, de 15,77% de janeiro a agosto e de 8,51% nos últimos 12 meses.

“Esta melhoria se deve à retomada das atividades econômicas a níveis praticamente normais, o que vem sendo permitido com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e queda nos índices da pandemia. Com este cenário, o consumidor se torna menos pessimista”, explicou Antunes.

Entre os componentes do IEE, somente a inflação apresentou resultados negativos. A expectativa dos consumidores em relação ao índice caiu 6,53% em comparação com julho, ampliando para uma retração de 7,66% nos oito primeiros meses de 2021 e para 28,68% nos últimos 12 meses.

“A percepção em relação ao índice de inflação caiu bastante, mostrando que as pessoas estão pessimistas. Esta queda era esperada com a alta do índice que vem sendo muito influenciado por produtos básicos, como os combustíveis, energia elétrica e alimentação. O resultado mostra muito bem que as pessoas sabem que a inflação não está em um bom nível. A inflação tem um peso significativo e ajudou a segurar a alta do ICC”.

Expectativa Financeira

Já no Índice de Expectativa Financeira (IEF) foi verificada alta de 0,14% frente a julho, de 3,67% nos oito primeiros meses e de 8,32% nos 12 últimos meses. A praticamente estabilidade, em agosto, é resultado das percepções sobre a situação financeira da família em relação ao passado, o que apresentou a maior alta, 0,72%. A situação financeira da família avançou apenas 0,1%.

Ainda dentro do IEF, a pretensão de compras apresentou leve queda de 0,30%. Os bens e serviços que os consumidores indicaram que pretendem adquirir nos próximos três meses são: vestuário e calçados (13,81%), móveis (6,19%) e eletrodomésticos (5,24%).

Para os próximos meses são esperados avanços no ICC-BH. “A retomada das atividades econômicas, como o comércio, o turismo, os eventos, são fatores que deixam a população menos pessimista. Os comerciantes estão confiantes e esperam melhores resultados nos próximos meses. Além disso, o segundo semestre é marcado pelo aumento das contratações de temporários, o que pode melhorar a percepção dos consumidores. O avanço da vacina contra o Covid-19 favorece a redução dos índices da pandemia, o que também é positivo”.

2021-08-27T10:55:12-03:00agosto 27th, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Economia|

Forbes – Avon lança central de apoio social para representantes de vendas

Em 2020, o Instituto Avon levantou R$ 1,7 milhão para apoiar mulheres durante a pandemia, atendendo cerca de 5,7 mil representantes ao longo do ano. Em 2021, com os impactos emocionais, físicos, sociais e econômicos causados pela Covid-19, a empresa decidiu lançar sua primeira central de apoio social para suas representantes de venda. A iniciativa, integrada à estratégia da Natura &Co – grupo do qual a Avon faz parte, junto com as empresas Natura, The Body Shop e Aesop -, visa expandir a assistência oferecida a essas mulheres desde o ano passado.

Segundo Ana Carolina Albuquerque, diretora de marketing de relacionamento, a central irá expandir benefícios como o fundo emergencial criado para apoiar financeiramente as representantes com problemas econômicos em decorrência da crise. “Faz parte da essência da Avon cuidar das representantes todos os dias. Ainda mais diante dessa crise humanitária que vivemos. Este ano, reestruturamos e ampliamos nossos serviços assistenciais, estendidos até dezembro, para garantir apoio rápido as profissionais que precisam de suporte.”

Os serviços da central de apoio, oferecidos 24 horas por dia, incluem auxílio câncer, auxílio funerário, auxílio alimentação em casos de vulnerabilidade social e ferramentas de suporte e orientação para mulheres em situação de violência, como a assistente virtual Ângela, um canal de atendimento e denúncia via WhatsApp. Além disso, a plataforma também disponibiliza serviços de assistência social, telemedicina para casos de suspeita ou confirmação de Covid-19 e assistência psicológica – que foi ampliada de quatro para seis sessões gratuitas.

A novidade conversa perfeitamente com as últimas ações da empresa. Ano passado, o Instituto Avon lançou a campanha #IsoladasSimSozinhasNão devido ao aumento do número de casos de violência doméstica durante o isolamento social. Nesse projeto, apoiado por todas as marcas do grupo Natura &Co, o objetivo era auxiliar vítimas de violência, conscientizar a população e promover a doação de auxílio financeiro para abrigos.

Outro pilar da atuação do grupo Natura &Co foi manter a economia circulando da maneira mais segura possível. Para auxiliar suas representantes, a Avon fez um forte investimento em digitalização, visando manter as atividades de forma remota, segura e eficiente. Com novas ferramentas digitais, também foi possível expandir oportunidades de vendas por meio de canais online, como a plataforma de lojas virtuais Avon Conecta.

A digitalização, no geral, foi um ponto forte do avanço da empresa nos últimos meses. Além das plataformas de vendas, foram lançados serviços como a Avon Desenvolve – plataforma com mais de 600 treinamentos virtuais com foco em empreendedorismo, técnicas de vendas, marketing digital e produtos – e o aplicativo Minha Avon, que auxilia representantes no gerenciamento de seus negócios.

As mudanças também facilitam a ingressão de novas representantes, com diminuição do investimento inicial necessário, além de benefícios exclusivos que podem ser estendidos às suas famílias, como descontos especiais em universidades, escolas de idiomas, medicamentos, exames e consultas médicas.

2021-08-26T12:57:38-03:00agosto 26th, 2021|Categories: ABEVD, Notícias do Setor|

Agência Brasil – Atividade do comércio registra alta de 1,2% em julho, indica Serasa

As vendas no comércio nacional cresceram 1,2% em julho deste ano na comparação com o mês anterior. O setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios foi o que registrou maior expansão (10,5%), em função do tempo mais frio e do inverno prolongado neste ano no Centro-Sul do país. O segmento de veículos, motos e peças foi o único que teve queda no mês (-1,8%). As informações são do Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian.

“Com o avanço da vacinação e a flexibilização das restrições impostas aos comércios, as pessoas voltaram a circular e fazer compras pessoalmente. Há ainda um aumento da confiança dos consumidores, que estão gastando mais e ajudando os empreendedores a terem um alívio no fluxo de caixa depois deste período tão desafiador”, analisou o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Quando comparado a julho de 2020, o índice registrou aumento de 10,6%. “Mas é necessário levar em consideração o tombo registrado em julho do ano anterior (-17,5%) ocasionado, principalmente, pelo período de pico da pandemia no país. Dessa forma, como o aumento não é capaz de compensar a queda, se torna apenas uma recuperação parcial”, explicou Rabi.

Edição: Lílian Beraldo

2021-08-26T12:55:46-03:00agosto 26th, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Economia|

Agência Brasil – Faturamento da indústria de máquinas cresceu 7,1% em julho

A indústria brasileira de máquinas e equipamentos faturou R$ 17 bilhões em julho, um crescimento de 7,1% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a junho, a variação foi negativa, com queda de 4,3%. Os dados foram divulgados hoje (25) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Segundo a entidade, era esperado que os dados de julho tivessem menor crescimento na relação interanual. Isso ocorre porque julho de 2020 foi marcado pelo início da recuperação das vendas após o estabelecimento das medidas sanitárias para conter a pandemia da covid-19. O balanço de junho, por exemplo, mostrou crescimento de mais de 45%.

“Como a base do ano passado no segundo semestre é mais alta do que a base do primeiro semestre do ano passado, a tendência de crescimento, que hoje está em 27% em 12 meses, é diminuir um pouco para 20%, mas não que a gente venda menos. A gente vai crescer menos”, explicou José Velloso, presidente da Abimaq. A alta em julho foi puxada pelos setores ligados ao agronegócio e bens de consumo.

Nos últimos 12 meses, as vendas do setor acumulam R$ 202,3 bilhões, alta de 27%. De janeiro a julho, a receita teve crescimento de 34,3% na comparação com igual período de 2020. O faturamento da indústria de equipamentos nos primeiros sete meses do ano alcançou mais de R$ 118,5 bilhões. A Abimaq segue com uma estimativa de crescimento anual de 18% a 20%.

Em relação ao emprego, julho registrou o décimo terceiro crescimento consecutivo no número de pessoas ocupadas no setor. Estão empregadas 363 mil pessoas diretamente. Na comparação com julho do ano passado, foram criados 62,5 mil postos. Houve mais contratações nos setores de fabricantes de máquinas e implementos agrícolas e de máquinas para a indústria de transformação.

Edição: Lílian Beraldo

2021-08-26T12:53:32-03:00agosto 26th, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Economia|

Agência Brasil – Confiança da construção tem quarta alta consecutiva, diz FGV

O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,6 ponto na passagem de julho para agosto deste ano. Essa foi a quarta alta consecutiva do indicador, que atingiu 96,3 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, mesmo patamar de março de 2014.

A alta da confiança do empresariado brasileiro da construção foi puxada pelo Índice de Situação Atual (ISA-CST), que mede a confiança no presente e que avançou 2,5 pontos, atingindo 91,9 pontos, maior nível desde dezembro de 2020 (92,4 pontos).

O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, recuou 1,3 ponto e atingiu 100,9 pontos, após três altas consecutivas.

“Vale notar que a percepção predominante voltou a ser de que o cenário atual é melhor que o de antes da pandemia, corroborando as projeções de retomada do setor”, afirma a pesquisadora da FGV Ana Maria Castelo.

Edição: Denise Griesinger

2021-08-26T12:52:24-03:00agosto 26th, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Economia|

Agência Brasil – IBGE: empresas de serviços não financeiros cresceram 1,6% em 2019

O número de empresas prestadoras de serviços não financeiros cresceu 1,6% em 2019, na comparação com o ano anterior, e atingiu um total de 1,4 milhão, concentradas especialmente nos segmentos de serviços profissionais, administrativos e complementares, que correspondem a 33,2% do total, e serviços prestados principalmente às famílias, 30,3% do total. No acumulado entre 2014 e 2019, o aumento ficou em 3,8%.

Os dados foram divulgados hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda em 2019, essas empresas empregavam 12,8 milhões. Os salários, retiradas e outras remunerações somaram R$ 376,3 bilhões e a receita operacional líquida atingiu R$ 1,8 trilhão. O valor adicionado bruto ficou em R$ 1,1 trilhão.

De acordo com o IBGE, “os resultados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2019 estão inseridos em um contexto de recuperação do consumo e do poder de compra das famílias e de retomada do emprego”. Esses resultados ocorreram no cenário em que, após dois anos de retração do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma dos bens e serviços produzidos no país -, embora ainda inferior a 2%, a economia brasileira fechava 2019 com o terceiro ano seguido de crescimento. Isso se refletiu na recuperação gradual do emprego, do consumo das famílias e da formação bruta de capital fixo, apesar de queda no consumo da administração pública.

As atividades das empresas prestadoras de serviços não financeiros em 2019 são divididas em sete grandes segmentos: serviços prestados principalmente às famílias, serviços de informação e comunicação, serviços profissionais, administrativos e complementares, transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, atividades imobiliárias, serviços de manutenção e reparação e outras atividades de serviços. Dentro desses segmentos, a pesquisa cobre 34 atividades, formadas por agrupamentos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas.

O analista da PAS Marcelo Miranda disse que serviços de informação e comunicação foram o único setor que registrou perda de receita operacional líquida em 2019, na comparação com 2010. “E perde a posição. Em 2010 era o segmento mais importante em número de receitas no setor de serviços e passou para a terceira posição em 2019, ultrapassado pelo segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares”, afirmou, em entrevista à Agência Brasil.

Na mesma comparação com 2010, o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio tem se mantido em primeiro lugar. “[O segmento de] transportes é a dinâmica do Brasil. Dentro desse setor, nós temos a atividade de transporte de cargas e essa foi a mais importante receita operacional líquida em 2019 e ao longo dos últimos dez anos. Por isso, transportes acabam figurando na primeira posição”, observou.

Pessoas ocupadas

Em relação a 2018, a pesquisa mostrou aumento de 2,1% no número de pessoas ocupadas nos serviços. O segmento que mais cresceu em termos percentuais no período foi o de serviços de informação e comunicação, com alta de 5,5%. O único que registrou queda (-1,5%) foram os serviços prestados principalmente às famílias. Segundo o IBGE, o resultado foi influenciado especialmente pela retração da atividade de serviços de alimentação, que teve diminuição de 42,5 mil pessoas, sendo a maior queda absoluta entre os 34 agrupamentos da área.

Em termos absolutos, serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram o maior acréscimo, de 200,1 mil pessoas. Entre os 34 agrupamentos de serviços, o de seleção, agenciamento e locação de mão de obra foi o que registrou maior alta (10,7%). No mesmo período, a maior queda (-24,8%) ficou com o segmento de agências de notícias e outras atividades de serviços de informação.

No acumulado entre 2014 e 2019, a PAS indicou queda de 1,2% no número de pessoas ocupadas. A retração foi influenciada sobretudo pelo segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-7,7%). Entre os 34 agrupamentos, o de compra, venda e aluguel de imóveis próprios foi o que teve a maior alta (23,9%) no período.

Salários

As remunerações pagas em serviços cresceram 2,9% em 2019, na comparação com o ano anterior. No acumulado entre 2014 e 2019, no entanto, elas caíram 0,8%. Entre os segmentos, dois tiveram queda em 2019 e no mesmo percentual (-0,3%): serviços prestados principalmente às famílias e serviços de manutenção e reparação. Já no acumulado, quatro segmentos recuaram, sendo a maior a queda de 7,3% nos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio. Os demais foram serviços de informação e comunicação, de manutenção e reparação (-1,0%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,4%).

Regiões

Miranda disse que entre as regiões do país, a Sudeste continua sendo a mais importante tanto no número de empresas quanto na receita bruta, em salários, retiradas e outras remunerações e ainda no total de pessoal ocupado. “Olhando as outras regiões, a Sudeste, liderada pelos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. “Nas variáveis estudadas, o que a gente viu foi uma perda de participação, apesar de a região ainda figurar como a principal. Por exemplo, em receita bruta em 2019, o total de receitas gerado no Brasil pelo setor de serviços foi liderado pela Região Sudeste, que representou 63,9% do total. O que se vê é uma perda de participação ao longo dos dez anos”. O Sudeste, no entanto, ainda figura como a grande região, junto com o Sul, Centro-Oeste e Nordeste, com destaque para a Região Sul que ganhou, nos dez anos, 1,3 ponto percentual em participação em receita bruta.

A perda da Região Sudeste foi atribuída pelo analista principalmente ao Rio de Janeiro, estado com maior queda de receita operacional bruta ao longo de dez anos. “Ainda assim, mesmo perdendo participação em relação aos outros estados, continua sendo o segundo que mais gera receita no setor de serviços no Brasil”, disse Miranda. Ele acrescentou que como destaques na Região Sul estão os estados do Paraná, que briga com o Rio Grande do Sul pelo quarto e quinto lugar, e Santa Catarina, o que mais ganhou participação no período e está em sexto lugar entre as receitas do país.

Mudanças nos segmentos

Entre 2010 e 2019, o IBGE notou alterações entre os segmentos. Miranda afirmou que o segmento de serviços de informação e comunicação, que reúne telecomunicações, tecnologia da informação, serviços audiovisuais, edição, integração e impressão, agência de notícias e outros serviços, foi muito atingido. Conforme o analista, em 2010, telecomunicações era a principal atividade do país e representava 15,3 % da receita operacional líquida gerada, mas perdeu muito pela dinâmica do setor.

“O setor de telecomunicações foi perdendo um pouco de espaço. Os torpedos e SMS, que em 2010 eram muito utilizados, perderam espaço para mensagens em aplicativos de via instantânea. Hoje em dia, se faz muito mais ligações por meio de aplicativos do que utilizando a rede de telecomunicações, ou seja, se usa mais pela internet que está dentro do segmento de tecnologia da informação. Foi a atividade que mais perdeu espaço nos últimos dez anos, cerca de 10 pontos percentuais, e tecnologia da informação foi a que mais ganhou, então, a gente viu essa mudança”, completou.

Pesquisa

A Pesquisa Anual de Serviços é realizada desde 1998 pelo IBGE e mostra as características estruturais da oferta de serviços não financeiros pelas empresas brasileiras. Para o instituto, “os dados são importantes na análise e no planejamento econômico, tanto de empresas do setor privado quanto nos diferentes níveis de governo”.

O IBGE informou que “o setor de serviços tem como característica um alto nível de heterogeneidade, com segmentos mais tradicionais, como é o caso dos prestados principalmente às famílias, até atividades de alta intensidade tecnológica, a exemplo dos serviços de informação e comunicação. Atualmente, as atividades de serviços respondem pela maior parte do PIB do país”.

Edição: Graça Adjuto

2021-08-26T12:47:08-03:00agosto 26th, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Economia|
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