O Estado de S. Paulo – Em recuperação judicial há dez anos, Davene entra no porta a porta

A Davene, conhecida pelo tradicional leite de aveia, vai começar a vender seus produtos pelo sistema porta a porta. Em recuperação judicial desde 2011, a fabricante de itens de higiene e beleza tem 98% de seu faturamento proveniente do varejo tradicional e 2% do comércio eletrônico, que começou a funcionar no ano passado. A empresa não revela números – sejam relativos à receita, aos investimentos no projeto ou a seu endividamento junto aos credores. Mas diz esperar que, até o fim do próximo ano, a venda direta responda por 8% a 10% das vendas e o e-commerce, por cerca de 6%.

O pontapé para a entrada no porta a porta foi dado este mês, na Grande São Paulo. A meta da Davene é chegar a 500 revendedoras até o fim do ano nas cidades da região. Elas poderão oferecer, por meio de catálogo e aplicativo, 250 itens produzidos pela Davene, entre perfumaria, hidratação e produtos para cabelo.

Para cada R$ 100 em produtos que o revendedor comercializar, ele receberá um desconto de 30% sobre o preço de catálogo, e assim seu lucro poderá chegar a 42,85%. Além disso, diz Telmo Campos, gerente de marketing da Davene, haverá ações promocionais que permitirão aos revendedores ter lucro final de 50% a 60% sobre alguns itens vendidos. Outro diferencial é que a empresa não exigirá a compra de kits pelas revendedoras. O pedido mínimo é de R$ 150.

Ao entrar na venda porta a porta, a estratégia da Davene é ganhar capilaridade e evitar o risco associado ao fechamento das lojas, em uma eventual nova onda da pandemia, como tem acontecido na Europa. Também seguir a tendência e atuar em vários canais de distribuição. O objetivo é expandir a venda direta para as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, a partir do segundo ano de atuação. Em três anos, quer estar em todas as capitais.

Para Eugênio Foganholo, sócio da consultoria especializada em varejo Mixxer, é uma boa estratégia para o momento de alto desemprego. “A venda direta encontra uma massa de pessoas, potencialmente revendedoras, ávidas por renda adicional”, diz. Porém, ele afirma que o varejo tradicional pode se sentir melindrado com a entrada da marca na venda direta e isso pode resultar em “conflito de canal”.

Pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Venda Direta (ABEVD) feita em março de 2020, antes da pandemia, mostrou que a renda média mensal dos revendedores era de R$ 1.640. Existem hoje 4 milhões de pessoas trabalhando com porta a porta no País, contingente que aumentou 5,5% no ano passado. “Foi uma das maiores taxas de crescimento dos últimos anos”, diz Adriana Colloca, presidente da Abevd. No ano passado, a venda direta movimentou R$ 45 bilhões, com crescimento de 10% sobre o ano anterior.

https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-do-broad/em-recuperacao-judicial-ha-dez-anos-davene-entra-no-porta-a-porta/

 

 

2021-12-14T15:41:08-03:00novembro 26th, 2021|Categories: ABEVD na mídia|

Revista News – Natura lança linha de proteção solar Ekos Buriti

Natura Ekos apresenta Ekos Buriti, linha de cuidados pré e pós sol de uso diário, com ingredientes naturais que não agridem a pele e a natureza. A nova linha conta com Protetor Solar Mineral FPS 30 e, ainda, relança a Polpa Desodorante Hidratante Corporal, o Óleo Trifásico Desodorante Corporal e a Colônia Frescor Desodorante.

Proteção solar com filtro 100% mineral, a novidade protege a pele e combate os danos causados pelo sol, desacelerando o fotoenvelhecimento e evitando a descamação. O óleo bruto de buriti é rico em betacaroteno, capaz de estimular a proteção natural da pele. Já entre os relançamentos, o óleo trifásico pode ser usado durante o banho e forma um filme protetor na pele que a deixa macia, iluminada e perfumada.

Pós exposição solar, a Polpa Desodorante para o corpo proporciona um cuidado intenso que hidrata e recupera a pele dos efeitos nocivos do sol. E, para proporcionar o brilho de um dia de verão, a Colônia Frescor Desodorante finaliza o ritual de cuidado com as notas refrescantes do buriti.

A potência da biobeleza em Ekos Buriti está também em ser biocompatível com a pele e contribuir para o preservar a vida aquática, já que não libera substâncias nocivas que agridem os corais, como os filtros químicos.

2021-11-25T12:07:40-03:00novembro 25th, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Notícias do Setor|

CanalTech – LGPD na Black Friday: Como as empresas podem se preparar para evitar problemas

É a primeira vez que a Black Friday vai ocorrer com a Lei de Geral de Proteção de Dados (LGPD) em vigor. As lojas precisam ter muita atenção em relação às regras da lei, pois as multas podem chegar a 2% do faturamento da empresa.

Para Sylvio Sobreira, CEO da SVX Corporate, é imprescindível que os lojistas ampliem os investimentos em segurança de dados para oferecer mais tranquilidade aos clientes. “Esse é um processo minucioso e que exige um tempo de implementação. É preciso validar a preocupação com a segurança de dados perante o consumidor, fazer uma auditoria e adquirir ferramentas que detectem vulnerabilidades no sistema, entre outros.”

Nesse cenário, Sobreira destaca cinco dicas para que as empresas evitem perdas financeiras, danos à imagem ou outras situações ainda mais graves. Acompanhe!

Uso indevido da identidade visual do e-commerce

É essencial que a companhia monitore o uso indevido de sua marca online (em sites e redes sociais). “Os selos de autenticidade e conformidade do portal, como o Confiaweb, da CyberExperts, são alternativas para certificar que a página é autêntica”, ensina Sobreira.

Uso indevido de dados pessoais para compras

Em compras na internet, é comum que sejam solicitados documentos e dados pessoais para cadastro. Para evitar que criminosos tenham acesso a essas informações, é importante ter um sistema antifraude para revisar a integridade dos dados usados, como na tentativa de registrar cadastros duplicados.

Cancelamentos do tipo chargeback

Diversas situações podem levar ao chargeback. Uma delas é quando o cliente percebe o lançamento de uma compra que ele não fez na fatura de cartão. Por isso, a prevenção e o combate a fraudes precisam estar sempre entre as prioridades. “Para minimizar os riscos, é fundamental ter o auxílio de especialistas que possam entender o contexto de cada situação, mapear detalhadamente a ação de fraudadores e descobrir lacunas no sistema.”

Autenticação ineficiente

Aplicar criptografia de ponta a ponta e oferece suporte a clientes que relatarem incidentes com seus dados são práticas fundamentais, que devem ser adotadas pelas empresas.

Transparência sobre as práticas

As empresas devem deixar claro quais dados, para qual a finalidade, se haverá compartilhamento e por quanto tempo as informações serão retidas. O cliente deve, ainda, ser informado sobre a política de privacidade da loja. Dessa maneira, ele saberá se uma abordagem da empresa é um comunicado oficial ou uma tentativa de fraude. Ter um programa de privacidade e proteção de dados estabelecido assegura mais confiança aos consumidores.

2021-11-25T12:05:45-03:00novembro 25th, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Economia|

Agência Brasil – BC: cenário econômico é de retomada nas cinco regiões do país

Ritmo de recuperação é menos intenso que o previsto inicialmente

O cenário da economia no terceiro trimestre do ano é de retomada da atividade em todas as regiões do país, de forma menos intensa e concentrada no setor de serviços, segundo análise do Boletim Regional, divulgado hoje (24) pelo Banco Central.

O boletim, que apresenta as condições da economia nas cinco regiões do país, diz que esse comportamento da economia tende a favorecer as economias do Nordeste e Sudeste.

Sudeste

No Sudeste, a atividade econômica continuou em expansão no terceiro trimestre, favorecida pela recuperação do setor de serviços, com o avanço da vacinação contra a covid-19 e menor efeito da pandemia na região. Todos os segmentos de serviços apresentaram abertura de vagas, com destaque para atividades administrativas e serviços complementares, alojamento e alimentação.

Por outro lado, o boletim aponta que o comércio varejista, após vários meses de relativa estabilidade, registrou retração mais pronunciada a partir de agosto, encerrando o terceiro trimestre com variação negativa, refletindo o possível deslocamento da demanda para serviços.

Em relação à Indústria, dificuldades para a obtenção de insumos e os preços de algumas cadeias produtivas, especialmente a automotiva, contribuíram para a queda da produção no terceiro trimestre. Houve retração em quinze dos 22 setores pesquisados, com destaque para fabricação de outros produtos de transporte (11,7%) e veículos (8,4%).

Com isso, no trimestre, o índice de atividade econômica da região variou 0,4%, após expansão 0,8% no período anterior. Segundo o BC, os indicadores apontam para acomodação da atividade econômica no Sudeste, no quarto trimestre.

“Pressões de custos e falta de insumos em setores da indústria, com ênfase no segmento automotivo, têm efeitos negativos sobre a produção fabril. Em sentido contrário, o avanço da vacinação favorece a continuidade da recuperação dos segmentos de serviços mais impactados pela pandemia, sobretudo os direcionados às famílias”, diz o boletim.

Nordeste

No Nordeste, o crescimento econômico no trimestre encerrado em setembro foi liderado pelos serviços, destacando-se os prestados às famílias e transportes, em ambiente de recuperação gradual da mobilidade das pessoas e de ligeira melhora no mercado de trabalho.

“O contexto de arrefecimento da pandemia e melhora da confiança refletiu-se em maior dinamismo de atividades que dependem de interação social, como os serviços prestados às famílias e as relacionadas ao turismo, que têm maior representatividade no Nordeste”, diz o boletim.

Também houve um cenário de recuperação parcial da indústria de transformação, após retrações nos dois trimestres anteriores. Com isso, o índice de atividade econômica da região expandiu 0,5% no período em relação ao anterior, quando cresceu 0,8% na mesma base de comparação.

Centro-Oeste

O Centro-Oeste registrou crescimento mais moderado no terceiro trimestre, influenciado principalmente pelos efeitos da menor produção de milho e cana-de-açúcar. O resultado positivo foi sustentado pela expansão do comércio, da construção civil e dos serviços de alojamento e alimentação, repercutindo os efeitos do avanço na vacinação.

Nesse contexto, o índice de atividade econômica da região cresceu 0,7% no terceiro trimestre de 2021, em relação ao trimestre anterior (2,3%), segundo dados dessazonalizados. No acumulado de doze meses, o indicador expandiu 2% em setembro (0,8% no mesmo mês de 2020).

O boletim aponta ainda que a safra recorde de grãos não deve se repetir no ano de 2021 em decorrência das condições climáticas adversas, principalmente da estiagem prolongada a partir de fevereiro, que provocou queda significativa nas colheitas de milho, algodão e cana-de-açúcar.

“A economia do Centro-Oeste manteve trajetória de crescimento, com oscilações relacionadas ao desempenho do agronegócio. A perspectiva de safras recordes de commodities agrícolas em 2022 continua sendo importante variável de sustentação para a região, com desdobramentos em outras atividades”, diz o documento.

Norte

A Região Norte não repetiu o bom desempenho observado no trimestre anterior. Segundo o boletim, o recuo refletiu a desaceleração na indústria e no comércio, impactados pela limitação da oferta de insumos na cadeia produtiva. O índice de atividade econômica da região recuou 1% no terceiro trimestre do ano, influenciado pelas retrações no Amazonas (-3,1%) e Pará (-0,9%).

Segundo o boletim, no setor de serviços, apesar do arrefecimento da intensidade da recuperação na margem, o setor registrou expansão no terceiro trimestre, com aumento em quatro estados. A produção industrial da região acompanhou o que ocorreu na indústria nacional e também registrou contração no trimestre. A indústria geral recuou 1,5% no período.

Já as vendas do comércio reverteram crescimento assinalado no segundo trimestre. Com isso, o Norte encerrou o terceiro trimestre com recuo de 0,7% no comércio ampliado (9,7% no segundo trimestre), com quedas em cinco dos sete estados da região.

O boletim aponta, contudo, para um crescimento do faturamento do varejo, em maior proporção nos setores de alimentação e combustíveis. A expectativa para a região é que, no quarto trimestre, o desempenho do setor melhore, impulsionado pelas vendas de final de ano, com a Black Friday e o Natal.

Sul

A Região Sul assinalou desaceleração do processo de crescimento, com indicadores da produção industrial e do comércio abaixo do esperado. Com isso, o índice de atividade econômica no terceiro trimestre recuou 0,7%, após quatro intervalos consecutivos de alta. O setor industrial foi o quem mais contribuiu para a retração da atividade econômica, em razão de problemas com a normalização da cadeia de suprimentos, além dos estoques reduzidos e custos elevados.

O resultado do terceiro trimestre confirmou a recuperação do setor de serviços, que expandiu pelo quinto período em sequência, mitigando a retração da atividade econômica. Todos os segmentos registraram alta, sobretudo os destinados às famílias e os que envolvem contato pessoal. A avaliação é de que a trajetória deve persistir no final de ano.

Segundo o boletim, a atividade econômica do Sul tem evoluído de forma assimétrica ao longo do ano, com destaques positivos para a indústria e produção agrícola no primeiro trimestre e para o comércio e a construção civil no segundo. A avaliação é de que “a normalização da cadeia de suprimentos industriais, incluídos semicondutores para o setor automotivo e insumos agrícolas, especialmente defensivos, é essencial para garantir dinamismo adicional à economia do Sul.”

Edição: Denise Griesinger

2021-11-25T12:03:29-03:00novembro 25th, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Economia|

Revista Live Marketing – Instituto Avon lança campanha pela não-violência a mulheres e meninas no ambiente digital

Durante a pandemia de Covid-19, o mundo virtual ganhou ainda mais relevância, permitindo que o trabalho e o relacionamento com amigos e familiares fossem mantidos por meio das plataformas digitais. No entanto, a esfera digital também se fortaleceu como espaço em que a violência contra as mulheres se propagou em vídeos e fotos compartilhados sem a autorização. Para educar sobre o consentimento no mundo virtual, e também fora dele, o Instituto Avon lança no Brasil e em mais 13 países da América Latina a campanha #querqueeudesenhe, ou #sinohaysíesno para os latinos. Por 21 dias, sete ilustradores de diferentes países produzirão tirinhas em português e espanhol para reflexão sobre o tema, a ação é parte da campanha “21 Dias de Ativismo pela Não-Violência contra a Mulher”.

Criada pela Wunderman Thompson, o projeto liderado pelo Instituto Avon no Brasil foi desenvolvido para alcançar o mercado latino de forma igual, mas respeitando as especificidades e raiz cultural de todos os países que apresentarão as mensagens sobre consentimento no ambiente on-line. Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Colômbia, Equador, Peru, México, Guatemala, Honduras, El Salvador, Panamá, Nicarágua e República Dominicana se unirão para que a violência contra mulheres e meninas seja debatida e a informação seja um meio de transformação de comportamentos, principalmente quando o assunto é o compartilhamento de fotos e vídeos sem permissão.

“O Instituto Avon acredita em um mundo onde mulheres e meninas vivam sem violência e sem abuso, por isso, atuamos para gerar impacto e transformação nas vidas delas e ao reunirmos países da América Latina para debater o tema na campanha #querqueeudesenhe, ampliamos o conhecimento sobre consentimento e uso consciente e responsável da internet”, explica Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.

Conscientizar para que as mulheres vivam de forma segura, saudável e em seus próprios termos é o que o Instituto Avon tem como objetivo em sua atuação. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que uma a cada três mulheres no mundo já sofreu alguma forma de violência. No Brasil, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em seu Anuário de Segurança Pública de 2021, no ano passado foram registrados 15.245 casos de importunação sexual no país.

“21 Dias de Ativismo pela Não-Violência contra a Mulher”

A campanha “21 Dias de Ativismo pela Não-Violência contra a Mulher” utiliza tirinhas ilustrativas para tornar ainda mais didática a explicação sobre o tema ‘consentimento’ para o público geral, alcançando homens, mulheres e adolescentes com a #querqueeudesenhe. As ilustrações, criadas por artistas convidados no Brasil e na América Latina, terão conteúdos para os 21 dias do projeto. “A ideia é postar uma nova abordagem sobre o tema todos os dias. Serão 21 mensagens compartilhados nas redes sociais do Instituto Avon e dos artistas”, completa Daniela.

“Este ano, o Instituto Avon vai trabalhar os 21 Dias de Ativismo para promover engajamento com a pauta proposta pela ONU sobre consentimento no mundo virtual. Por isso, criamos a campanha #QuerQueEuDesenhe para levar a reflexão sobre o consentimento da maneira mais didática possível, mostrando que já está mais do que na hora de aprender sobre o sim e o sobre o não. Para isso, recorremos a quem mistura criatividade, dedo na ferida e ativismo há décadas: as tirinhas gráficas”, afirma Roberta Harada, Diretora de Criação da Avon na WT.

Os ilustradores brasileiros como The Karynne (@thekarynne) e Helô D’Angelo (helodangeloarte), e latinos como Pepita Sandwich (@pepitasandwich), Thalia Eme (@thaliaeme), Javiera Camposano (@javiera.camposano), Tute (@tutehumor) e Sara Tomate (@saratommate), estão entre os nomes que fazem parte da campanha.

Ilustradoras brasileiras

As ilustradoras brasileiras convidadas para a campanha possuem histórico em causas para as mulheres e em promover debates por meio de suas artes. The Karynne é uma artista e empreendedora goiana, suas ilustrações reforçam o empoderamento e causas femininas, principalmente das mulheres negras. Helô D’Angelo é natural de São Paulo e é ilustradora e quadrinista. Rotineiramente expõe em suas criações temas como política, sociedade e fatos sobre a pandemia de Covid-19.

2021-11-24T11:54:35-03:00novembro 24th, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Notícias do Setor|

E-Commerce Brasil – Soluções omnichannel e marketplace da VTEX impulsionam o varejo na Black Friday

ABlack Friday, uma das datas mais importantes para o comércio, ocorre no dia 26 de novembro. Segundo uma pesquisa da Offerwise, encomendada pelo Facebook, a intenção de compras na edição deste ano será 29% maior do que em 2020, com 59% dos consumidores preferindo compras feitas no ambiente online.

Neste cenário, a VTEX (NYSE: VTEX), plataforma de comércio digital de software como serviço (SaaS) para grandes empresas e varejistas, oferece soluções personalizáveis para os clientes investirem em estratégias omnichannel. Em datas de muita concorrência, como a Black Friday, uma experiência de compra fluida, integrada e ágil permite que as marcas vendam e fortaleçam o relacionamento com os clientes. É o caso da Cobasi, uma das maiores redes de pet shop do Brasil.

Cliente VTEX desde 2015, a rede varejista aumentou sua competitividade no mercado e conseguiu rapidamente reestruturar a operação para lidar com os novos desafios trazidos pela pandemia, além de vender com mais eficiência durante a Black Friday de 2020 e outras datas do período de pico de fim de ano.

“Temos uma estratégia muito forte na Cobasi quando falamos de omnichannel, porque vemos que nossos clientes gostam de retirar os pedidos na loja, e de retirar ou receber o produto o mais rápido possível. Hoje vemos que 70% de nossas vendas são enviadas das nossas lojas ou retiradas nelas. Essas estratégias são especialmente importantes para nós durante o período da Black Friday”, explica Felipe Tamburus, Head da Cobasi Labs.

Rafa Forte, presidente da VTEX Brasil, considera a Cobasi um exemplo a ser seguido por todos os varejistas que buscam aprimorar a eficiência dos canais de venda.“Durante a pandemia, período que trouxe mudanças profundas no comportamento dos clientes, a Cobasi implementou rapidamente novos serviços e se mostrou antenada às necessidades dos consumidores. Esta postura, potencializada pelo uso das soluções da VTEX, contribui para o aumento da satisfação de seus clientes, para a elevação da frequência de compras e para o crescimento das vendas, permitindo que a empresa tenha uma Black Friday de sucesso em 2021 e siga com uma base fiel”.

A plataforma também trouxe ótimos resultados para clientes de outros segmentos, como o Inter, que atua nas verticais de serviços bancários, crédito, seguros, investimento e comércio eletrônico. Com o marketplace Inter Shop, a empresa faturou excepcionais US$19 milhões em vendas no fim de semana da Black Friday 2020. Com a solução de marketplace nativa da VTEX, o Inter conseguiu integrar novos sellers com facilidade e sincronizar produtos e estoques automaticamente. Tudo isso foi possível graças às funcionalidades headless da VTEX e à estrutura API-first.

Já a C&A, cliente VTEX desde 2014, começou a investir no omnichannel durante a pandemia e adotou estratégias como retirada e envio a partir de lojas físicas. Além disso, o checkout do ecommerce usa um recurso de geolocalização que verifica a disponibilidade do produto no centro de distribuição mais próximo do cliente que está fazendo o pedido. Recentemente, a empresa utilizou os recursos VTEX para criar um aplicativo móvel e, hoje, mais de 50% de suas vendas digitais são derivadas deste canal.

“A VTEX sabe que a Black Friday pode ser um momento desafiador para os varejistas, por isso temos investido em soluções e no suporte dos nossos especialistas para que os nossos clientes se preparem ao longo de todo o ano para o evento, permitindo que os ganhos possam ir muito além das datas sazonais”, conclui Rafa.

2021-11-24T11:52:30-03:00novembro 24th, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Economia|

Agência Brasil – Ministério da Economia vai liberar R$ 1,4 bi para compra de vacinas

Dinheiro será remanejado para Plano Nacional de Imunização

O Plano Nacional de Imunização receberá R$ 1,4 bilhão para a compra de vacinas contra a covid-19, anunciou hoje (22) o secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago. Segundo ele, a portaria com a liberação dos recursos será publicada nesta terça-feira (23) no Diário Oficial da União.

O dinheiro virá por meio de um crédito suplementar no Orçamento de 2021, que remaneja gastos discricionários (não obrigatórios), sem impactar as contas públicas nem estourar o teto de gastos. Caso os recursos viessem por meio de créditos extraordinários, estariam fora do teto.

O governo espera comprar 340 milhões de doses de vacina contra a covid-19 no próximo ano. Segundo Colnago, o crédito suplementar foi necessário porque o governo precisa adiantar 10% do valor do contrato ainda este ano. “O grosso da despesa [com a aquisição de vacinas] será no ano que vem”, declarou.

De acordo com o secretário especial, os gastos com a vacina já estão registrados na última versão no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado hoje pelo Ministério da Economia. O documento reduziu a previsão de déficit primário – resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública – de R$ 139,4 bilhões para R$ 95,8 bilhões em 2021.

Estimativas

Ao comentar as novas projeções do relatório, Colnago destacou que as estimativas para a dívida bruta estão bem melhores que o previsto pelas instituições financeiras. O documento prevê que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) encerrará 2021 em 81,7% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). Caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios seja aprovada, o indicador ficará em 81,9%. “É um patamar bem abaixo do que vinha sendo falado pelo próprio mercado”, disse.

Em relação às previsões para o déficit primário, o secretário especial disse que o governo continua caminhando em direção à consolidação fiscal, por meio da limitação do teto de gastos e do crescimento da arrecadação decorrente da recuperação econômica.

“Temos como variável principal, além do controle das despesas pelo teto, a melhoria da arrecadação, bem acima do que a gente imaginou”, declarou. Colnago ressaltou que o governo pode usar o espaço fiscal que costuma surgir perto do fim do ano para enviar ao Congresso um projeto de lei para recompor gastos discricionários.

O secretário comentou que o déficit primário poderia chegar próximo a zero em 2022 não fosse a PEC dos Precatórios e a elevação dos gastos sociais. Apesar de o déficit do próximo ano aumentar de 0,5% para 1,5% do PIB caso a PEC seja aprovada, Colnago disse que o resultado negativo regredirá para os níveis de 2015.

Edição: Aline Leal

2021-11-23T13:18:39-03:00novembro 23rd, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Economia|

Agência Brasil – Governo reduz para R$ 95,8 bilhões previsão de déficit para 2021

Gastos discricionários poderão ser aumentados em R$ 4,57 bi

A recuperação da economia e o crescimento da arrecadação fizeram a equipe econômica reduzir de R$ 139,4 bilhões para R$ 95,8 bilhões a previsão de déficit primário para 2021. A estimativa consta do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas, divulgado hoje (22) pelo Ministério da Economia.

Na comparação com o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), a previsão de déficit primário caiu de 1,6% para 1,1% do PIB. O déficit primário representa o resultado negativo nas contas do governo sem os juros da dívida pública.

O principal fator para a redução do déficit foi a melhoria das receitas, cuja estimativa foi aumentada em R$ 57,705 bilhões em relação ao relatório anterior, divulgado em setembro. Isso ocorre porque, pelas projeções oficiais do Ministério da Economia, mesmo com a previsão de crescimento do PIB tendo sido reduzida para 5,1% neste ano, a recuperação da economia aumenta a arrecadação.

Gastos não obrigatórios

Com o déficit menor, o governo poderá ampliar em R$ 4,574 bilhões os gastos discricionários (não obrigatórios) na reta final do ano. Segundo o Ministério da Economia, isso ocorrerá porque, além da entrada maior de recursos em caixa em 2021, o relatório reduziu, em R$ 514,8 milhões, as projeções de despesas obrigatórias.

O Orçamento de 2021 foi totalmente desbloqueado em julho, mas os gastos discricionários podem continuar a ser ampliados por causa de restos a pagar (verbas empenhadas em anos anteriores). No total, as despesas serão elevadas em R$ 4,059 bilhões, reduzindo a folga no teto de gastos deste ano de R$ 9,203 bilhões para R$ 6,009 bilhões.

Receitas

Enviado a cada dois meses ao Congresso, o Relatório de Receitas e Despesas orienta a execução do Orçamento. O documento baseia-se na previsão de parâmetros econômicos, no desempenho da arrecadação e nas estimativas de gastos para contingenciar (bloquear) ou liberar verbas.

Dos R$ 57,705 bilhões de elevação de receita, a maior parte, R$ 21,846 bilhões, veio das receitas administradas, que refletem a arrecadação federal e estão vinculadas à recuperação da economia. Em segundo lugar, estão os dividendos de estatais repassados ao Tesouro Nacional, com alta de R$ 17,754 bilhões. Além do maior lucro das estatais, essas receitas estão sendo influenciadas pelo fim das restrições à distribuição de dividendos (parcela do lucro repassada aos acionistas) que vigorou no ano passado, por causa da pandemia de covid-19.

Em terceiro lugar, está a arrecadação da Previdência Social, com alta de R$ 7,301 bilhões, impulsionada pela recuperação do emprego formal neste ano e pela reforma da Previdência, que aumentou o valor das contribuições para o regime previdenciário. Beneficiada pela alta recente na cotação internacional do petróleo, a arrecadação de royalties teve a previsão aumentada em R$ 6,051 bilhões.

Despesas

Do lado das despesas obrigatórias, cuja previsão foi diminuída em R$ 514,8 milhões, as principais quedas foram registradas no abono salarial e no seguro-desemprego (-R$ 1,612 bilhão) e nos gastos com pessoal e encargos sociais (-R$ 201,2 milhões). Em seguida, vêm os subsídios e as subvenções (-R$ 192,3 milhões) e a compensação do Tesouro à Previdência Social pela desoneração da folha (-R$ 135,1 milhões).

Esses gastos foram parcialmente compensados pela alta nas despesas obrigatórias com controle de fluxo (+R$ 1,419 bilhão) e pela complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), com alta de R$ 734,6 milhões. Os gastos com controle de fluxo englobam os programas sociais do governo.

Dívida pública

Em relação à Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), principal indicador usado para comparar o endividamento dos países, o relatório estima que União, estados, municípios e estatais terminarão 2021 devendo 81,7% do PIB. Caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios seja aprovada, o percentual subirá para 81,9%.

Além das estimativas para o Orçamento deste ano, a equipe econômica apresentou projeções para 2022. A DBGG deverá encerrar o próximo ano em 80,5% do PIB, caso a PEC dos Precatórios não seja aprovada, e em 81,7% do PIB, caso a proposta passe no Congresso. Em relação do déficit primário, o resultado negativo cairá de 1,1% em 2021 para 0,5% em 2022. Se a PEC for aprovada, subirá para 1,5% no próximo ano.

Edição: Valéria Aguiar

2021-11-23T13:17:02-03:00novembro 23rd, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Economia|

Mercado & Consumo – Avon reforça compromisso antirracista e por diversidade com lançamento do projeto Diva

Como parte de sua reconhecida estratégia de combate ao racismo e promoção da diversidade, a Avon lançou o projeto Diva (Diversidade + Avon), cujo objetivo é atrair, reter e desenvolver talentos negros, além de promover a conscientização sobre o tema entre todos os líderes, colaboradores, força de vendas, parceiros da empresa e consumidores da marca.

Dentre as iniciativas recentes da Avon focadas em equidade étnico-racial, um dos destaques é a ampliação do portfólio de maquiagem para contemplar todos os tons de pele das brasileiras.

Na área de recursos humanos, as metas do compromisso antirracista da Avon incluem a contratação de 50% de pessoas negras até 2030. Além disso, a empresa quer contar com 30% de suas posições de liderança ocupadas por mulheres negras até a mesma data.

As ações da Avon de promoção da diversidade e combate ao racismo estão alinhadas a uma série de metas de sustentabilidade recentemente traçadas pela companhia para os próximos dez anos.

Compromisso Antirracista

Daniella Moura, diretora de recursos humanos da Avon Brasil, sintetiza explicando que o objetivo é tornar o ambiente de trabalho tão diverso quanto o País. “Também queremos ser percebidos como exemplo de que é possível promover uma mudança profunda, estimulando transformações na sociedade e engajando todos e todas nessa causa”, completa.

Ela explica que as ações do Projeto Diva integram o Compromisso Antirracista, que foi elaborado pela equipe de recursos humanos, junto com a liderança da Avon e colaboradores da Rede pela Diversidade – grupo responsável por debater e conscientizar sobre diversidade e inclusão na companhia.

“Estamos evoluindo em todos os objetivos estipulados, com bons resultados até o momento. No entanto, sentimos a necessidade de acelerar nossos passos e daí nasce o projeto Diva. Sabemos que nossa jornada é desafiadora e está só começando. Estamos focados em cumprir todos os pontos com os quais nos comprometemos e ir além”, complementa Daniella Moura.

2021-11-22T11:09:53-03:00novembro 22nd, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Notícias do Setor|

Exame – Natura &Co: ‘temos certeza da estratégia e vamos executá-la com rigor’

Roberto Marques, presidente global da companhia, fala em detalhes ao EXAME IN sobre reestruturação da Avon e cenário econômico pós-pandemia

Depois do balanço do terceiro trimestre, a Natura &Co sofreu uma forte correção na sua avaliação de mercado, que está agora abaixo dos R$ 42 bilhões. O valor da empresa na B3 retornou a níveis pré-incorporação da Avon, vistos ao longo do segundo semestre de 2019 e depois de ter alcançado R$ 75 bilhões neste ano.

Os investidores ficaram preocupados com a queda nas vendas e a pressão na margem. No terceiro trimestre, a receita líquida consolidada recuou 8,4%, para R$ 9,55 bilhões. A margem bruta, contudo, subiu de 64,5% para 65,3%. O susto maior veio no Ebitda, que caiu 34,5%, para R$ 954 milhões. Houve queda nas vendas nas regiões de América Latina e redução importante na Avon Internacional.

Para completar o quadro, a companhia ajustou a previsão de margem Ebitda de 16%, que será alcançada graças às sinergias estimadas com a aquisiçaõ da Avon. O planejamento previa o indicador para o fim de 2023, mas agora essa meta foi adiada por um ano. A margem saiu de 14%, no ano passado, para 10%, de julho a setembro deste ano.

Dada a força da reação do mercado, o EXAME IN foi ouvir o presidente global da Natura &Co, Roberto Marques, sobre como foi esse período. O executivo reforçou que foi o ambiente externo, macroeconômico do Brasil e global, que levou a essa mudança. “Temos muita certeza da estratégia, estamos e vamos continuar executando isso com bastante rigor”, enfatiza. Ele detalhou na conversa como está o projeto de transformação da Avon e explicou que mesmo a queda nas vendas está dentro do que foi planejado e que tudo isso faz parte de uma profunda reestruturação. “Sem fazer essas mudanças, não teremos a virada na qual temos convicção.”

Em 2016, a Natura realizou a mesma mudança de modelo comercial que hoje implementa na Avon. No terceiro trimestre de 2017 começou a ver o resultados. Naquele intervalo de julho a setembro de quatro anos atrás, a receita líquida no Brasil evoluiu mais de 24% — o maior avanço dos 14 trimestres anteriores da vida da empresa.

A companhia também contou ao mercado que planeja migrar a sede de negociação das ações para Nova York. Além de ser uma empresa cada vez mais global — o Brasil representa hoje 30% da receita consolidada — , a expectativa é que a presença em Wall Street amplie a liquidez dos papéis e ainda traga uma maior visibilidade a todo projeto ESG (ambiental, social e de governança) do negócio.

Confira a seguir, a conversa com Roberto Marques:

Por que o mercado se surpreendeu tanto com o balanço da companhia? Os investidores não estavam preparados para o impacto da piora da economia?

Eu realmente acho que especialmente nesse trimestre houve muitas variáveis que fugiram das expectativas e algumas mudanças ocorreram muito rapidamente. A queda da renda disponível que observamos no Brasil se acelerou, despencou mesmo a partir de julho. Essa conjuntura atual é relativamente nova. Eu não sei se todo mundo teve tempo de acompanhar isso. Vimos ajustes nas previsões de PIB, de inflação, de juros. Mas são coisas recentes. Eu não sei se foram incorporadas em todos os modelos. Se pegarmos os dados da Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmética (Abihpec) que medem vendas no setor, houve contração de 16% no trimestre. Essa contração no Brasil é absolutamente real e acreditamos que haverá impacto ao longo do quarto trimestre e primeiro semestre de 2022. Ainda não sabemos em qual dimensão.

Mas o que impactou mais o balanço foi isso ou foram problemas na Avon?

Na Natura &Co, o projeto de transformação da Avon continua exatamente onde deveria estar. O que criou confusão é que adiamos o guidance, a projeção de margem, por um ano. [A margem Ebitda de 16% antes esperada para dezembro de 2023 passou para dezembro de 2024]. A primeira conclusão do mercado é que isso era um atraso no projeto de Avon. Mas, de verdade, tem muito pouco ou nada a ver com isso. Nós mudamos o guidance porque, além da situação macroeconômica de Brasil, há uma pressão de custo de disrupção de cadeia de suprimento que não tínhamos visibilidade no começo do ano quando fizemos as estimativas. O aumento do custo do óleo de palma, insumo super importante para nós, foi superior a 60%. A mesma coisa na polpa e no papel. A alta no frete marítimo chegou a quase 300%. Essa disrupção que estamos vendo e a inflação, são reais e globais. Os Estados Unidos reportaram, na semana passada, a maior inflação em 30 anos. Quando o presidente do país, o Joe Biden, vai para televisão em horário nobre dizer que está ciente do problema de abastecimento que impacta o país e que está tentando resolver é porque é um desafio real, de magnitude importante no mundo. Foram esses fatores que nos levaram a alterar o guidance.

E como estão as sinergias com a Avon?

Elas estão absolutamente em linha com o que a gente previu. Só nesse trimestre, entregamos sinergias de mais de US$ 60 milhões. Elas estão ocorrendo. Se você olhar nossa margem bruta, está muito saudável, ao contrário de muitas companhias. Mas a gente tinha uma expectativa que com isso entregaríamos mais rapidamente um avanço na margem. Mas as sinergias, agora, estão contrapondo essa pressão de disrupção de cadeia de abastecimento e de custos. Elas acabaram funcionando como amortecedor. Portanto, quando rodamos o modelo de orçamento, vimos que em função desse cenário, a gente chegaria na margem prevista em 2024, e não mais em 2023. E, de forma absolutamente transparente, comunicamos isso ao mercado. Esse comportamento está muito em linha com nossa filosofia ESG, e estou falando aqui de governança. Porém, esse ajuste de cronograma da margem não muda nada do ponto de vista de transformação da Avon.

Como é esse processo, Roberto? É muito trabalhoso?

Olha, uma transformação do porte que estamos fazendo não ocorre da noite para o dia. Nós estamos investindo mais na Avon. Estamos fazendo mudanças sistêmicas e estruturantes na empresa. São coisas complexas. Por exemplo, o modelo comercial novo que implementamos. Vamos lembrar um pouco aqui. Quando fizemos esse movimento na Natura aqui no Brasil, há cinco anos, demorou de seis a nove meses para acertar isso. Estamos falando de milhões de consultoras.

O que é essa mudança de modelo comercial?

A Natura, há cinco anos, criou o modelo de segmentação das consultoras, onde elas têm um caminho de progressão para se manter com a marca. Isso foi fundamental para a virada da Natura no Brasil. Quando falamos do aumento de produtividade das consultoras, além da digitalização, estamos falando desse modelo de segmentação. Quando olhamos o ‘life time value’ das consultoras, ele é fundamental. No período de até nove meses de ajuste, a Natura teve resultados ruins de venda. Essa mudança é complexa, mas extremamente importante. Só depois do Brasil, nós expandimos isso para o restante da América Latina e levou dois anos. Agora, nós estamos fazendo essa mesma mudança na Avon. E o que é interessante é que estamos fazendo isso nos oito principais mercados internacionais da Avon ao mesmo tempo. Isso é muito mais rápido. Estamos fazendo nove mercados na Avon ao mesmo tempo, é o que a Natura levou dois anos para fazer. Obviamente que isso gera impacto de curto prazo. Planejamos isso. Faz parte do nosso desenho, de onde queremos chegar. Sem fazer essas mudanças, não teremos a virada na qual temos convicção.

Por que isso impacta vendas?

Porque impacta a vida da consultora. A zona de trabalho onde ela atua muda, a líder com quem ela trabalha também. Estabelecemos que cada consultora tem uma segmentação e uma forma de trabalhar. É importante para ter evolução na vida dessa profissional. Quando implementa, não é algo automático. Você precisa calibrar. Vivemos isso na Natura já e sabemos exatamente quais alavancas precisam ser estimuladas.

Então, o investidor vai precisar de um pouco de paciência?

Eu não diria paciência. Mas vai precisar entender que uma mudança dessa magnitude, que está absolutamente dentro do plano, precisa ocorrer. Outro exemplo. Mudamos toda a gestão na Avon Internacional. Processos e a gestão mesmo. A gente já sabia disso quando compramos, a Avon era uma empresa muito descentralizada. É como se tivemos quase comprado 40 diferentes Avons. Cada país tinha sua tecnologia diferente e que não se conectava. Cada país tinha seu marketing, finanças, estratégia comercial e até catálogos diferentes. Isso gerava uma ineficiência muito grande. Estamos transformando 40 Avons em uma só, com mesmo modelo comercial, mesmo ciclo de campanha — um para América Latina e outro para a Internacional. Estamos fazendo mudanças muito significativas. Você não faz essa cirurgia, desse porte, sem deixar o paciente de repouso no primeiro momento, porque isso tem impactos fortes. Mas tudo isso foi pensado, planejado e organizado. Não há nada de diferente em Avon em relação a onde queremos chegar. O que ocorreu foram os outros fatores que falamos, de cenário global e brasileiro.

Foi muita coisa ao mesmo tempo. Será que vocês poderiam ter sido mais claros?

Eu acho, sim, que cabe a nós, respeitando o mercado, continuar esclarecendo isso, sem sombra de dúvidas. E estamos fazendo isso.

Houve uma discussão, também, sobre a queda na produtividade de suas consultoras, após a divulgação do balanço. O fim do home office trouxe impacto para isso?

Acho que aqui cabe um reforço. A gente já estava falando disso desde o primeiro trimestre. O ano de 2020 não é a melhor comparação. Foi um ano espetacular e fora da curva. O terceiro trimestre de 2020 foi o maior e melhor trimestre de toda a história da Natura &Co. Por que isso aconteceu? Com a pandemia, houve uma mudança de canalidade. O conceito da venda por relação foi uma forma de as pessoas encontrarem renda e segurança. Houve um aumento do canal. De alguma maneira, nosso modelo de relação nos favoreceu. Eu já falava desde o começo deste ano avisando que o segundo semestre de 2021 teria uma comparação muito difícil, com resultados muito, muito fortes.

É por isso que vocês também fazem a comparação com 2019 nos comentários de desempenho divulgados com o balanço?

Sim. Porque é um ano que você elimina a pandemia e esses fatores extraordinários. Quando faz isso, nossa venda cresceu 21%. É muito bom. Mas, em relação a 2020, há uma queda. E é preciso entender que sim a pandemia impactou a produtividade das consultoras positivamente.

Houve mudança no consumidor também ou só na consultora?

Houve também. Essa queda na renda disponível trouxe sim uma mudança no consumidor. Mas isso nós pegamos muito de última hora, pois como eu disse, foi uma virada abrupta. Com isso, o cliente mudou o mix. Ele acabou concentrando mais em higiene pessoal, muito mais do que beleza. Tíquetes mais baixo. No lugar de comprar perfume e maquiagem, foi para higiene pessoal. Quem se beneficiou disso, mais no curto prazo, foram os produtos de massa vendidos em supermercados e farmácias. Mas a gente já está mudando nosso portfólio de ofertas para ajudar na venda da consultora. Isso já está sendo realizado. Foram duas coisas, portanto: troca de mix e tíquetes mais baixos.

Nós estamos assistindo o setor de lazer, gastronomia e entretenimento se recuperar. Houve um deslocamento de gastos dentro do orçamento das pessoas?

Tem isso, evidentemente que tem. Por isso, mais uma vez, a comparação com 2020 não é apropriada. Porque existem fatores da pandemia. E esses ajustes que estamos falando, de comportamento, nunca foram vividos antes. Nunca foram experimentados. Nós vimos isso muito claramente na Europa já. As pessoas direcionaram os gastos para a área de serviços, e deixaram de gastar com produtos. Havia uma demanda reprimida. A gente acredita que também isso vai perdurar nos próximos meses. É preciso ficar atento e entender que essas questões não têm relação com a nossa estratégia. São fatores macro e circunstanciais, até que se ajuste a relação entre demanda e oferta.

Em função da pressão de custo, vocês não pensaram em reduzir o ritmo da reestruturação da Avon?

Eu ouvi essa pergunta já. A resposta é não. Ao contrário, vemos esse momento como uma oportunidade de acelerar essa transformação. Assim, quando o mercado voltar de maneira mais estável, estaremos com os fundamentos da estratégia comercial, da gestão e da digitalização da Avon mais avançados do que quando entramos na pandemia. E, uma coisa importante, estamos também promovendo expansão da The Body Shop, da Aesop e do plano Natura na China e na América Latina. Nossa estratégia de suporte às marcas, não estamos modificando. Mas estamos sensíveis a esse ambiente externo.

E dá para ter uma ideia de quando vai chegar a estabilidade? Quando tudo isso vai melhorar? 

Temos comentado que acreditamos numa melhora sequencial. Mas, do ponto de vista externo, estamos trabalhando com a assunção de que essa pressão de custos vai continuar, pelo menos, até o fim do primeiro semestre de 2022. Isso é com base em análise, estudos e conversas. Se melhorar mais cedo, é um upside. A parte interna, de impacto na Avon, vai continuar ao longo de 2022, e esperamos que a partir do segundo trimestre ou segundo semestre, começaremos a ver os benefícios das mudanças. Mas tudo isso é quase especulativo, dada a quantidade de fatores ocorrendo ao mesmo tempo. Por isso, o mais importante é comunicarmos que temos muita certeza da estratégia, estamos e vamos continuar executando isso com bastante rigor.

Eu também queria entender um pouco o plano de vocês de migrar para a Bolsa de Nova York. O fato de a empresa ter um presidente global, você, fora do Brasil, me diz que esse projeto existe há muito tempo, correto?

Correto. E não sou apenas eu. Três dos quatro CEOs de unidades de negócio também estão fora do Brasil. Já temos um footprint muito global. Obviamente, o Brasil é nosso maior mercado e vai continuar sendo. Temos muito orgulho de ser uma empresa brasileira que se tornou multinacional. Mas a Natura &Co vem dado passos importantes de globalização, com Aesop, depois a The Body Shop e mais recentemente a Avon. As receitas do Brasil representam agora 30%. E se nós projetarmos ao longo do tempo, esse percentual vai diminuir. Não porque aqui vai ficar menor ou menos importante, mas porque a expansão internacional vai se acentuar, com a entrada em novos mercados. China e Estados Unidos devem mexer com essa distribuição percentual, ainda que o Brasil continue sendo sempre nosso mercado de referência. Mas essa troca de listagem, e nós já estamos em ambos os mercados, é apenas uma inversão. Estamos há algum tempo trabalhando com a B3 de forma a melhorar essa questão do BDR. A questão da presença global é um dos fatores. Mas, conversando com investidores internacionais, nós percebemos que existe uma oportunidade de aumentar a nossa liquidez e nossa visibilidade com a agenda ESG.

2021-11-22T11:06:30-03:00novembro 22nd, 2021|Categories: ABEVD Clipping, Notícias do Setor|
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