Gerente de Marketing da Akmos, Eduardo Soares concede entrevista à ABEVD
Fundada há 14 anos, a Akmos é uma empresa de Venda Direta 100% brasileira e com fabricação própria de cosméticos, alimentos, produtos de perfumaria, vestuário tecnológico e equipamentos terapêuticos.
Em entrevista exclusiva à Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), o Gerente de Marketing da Akmos, Eduardo Soares, falou sobre sua carreira, mercado de Venda Direta, entre outros tópicos.
Leia na íntegra:
ABEVD – Como era o mercado de Venda Direta quando iniciou nesse segmento?
Eduardo Soares – Entrei no segmento no ano de 2020 na Akmos, posso dizer que o segmento estava prestes a enfrentar o seu maior desafio em muitos anos, que foi a pandemia da Covid-19. Naquele momento, o segmento vinha de anos de forte crescimento, principalmente no modelo Akmos, que é o multinível. Sem dúvidas nenhuma, todo o cenário mudou e, foi bastante desafiador atravessar os anos de 20, 21 e 22, todos sob impacto da pandemia.
ABEVD – O que mais o atrai no mercado de Venda Direta?
Eduardo Soares – Dois pilares me atraíram e me encantam no segmento de Venda Direta: primeiro, a importância das pessoas e do relacionamento na realização dos negócios. O protagonismo do líder de equipe, do revendedor, é algo encantador e o poder transformador do segmento sobre as vidas das pessoas é algo inigualável. É muito motivador saber que estou em um segmento que, efetivamente, transforma vidas. O segundo pilar, que é algo muito forte na Akmos, é o produto, o compromisso de oferecer ao consumidor algo que realmente faça diferença e que entregue um valor agregado que nem sempre é encontrado no varejo e no e-commerce. Os produtos devem ser relevantes para quem os consome.
ABEVD – Qual seu conselho para as pessoas que estão pensando em ingressar no segmento de Venda Direta?
Eduardo Soares – Meu conselho é que as pessoas não se deixem levar pela impressão que o setor, por ser direcionado para um modelo autônomo de empreendedorismo, é um setor onde não há profissionalização e que o resultado virá de qualquer jeito. A grande diferença que o setor permite, pela valorização das pessoas, é justamente oferecer e ao mesmo tempo demandar um desenvolvimento humano para criar um diferencial em relação a outros mercados. Normalmente na Venda Direta o produto será oferecido em um valor maior ao consumidor que o varejo, mas é neste ponto que se deve valorizar os diferenciais, em produtos, mas principalmente no relacionamento, no atendimento personalizado e consultivo. É isso que faz a diferença neste segmento.
ABEVD – Na sua avaliação, qual a principal mudança provocada pela pandemia na Akmos e na Venda Direta?
Eduardo Soares – A maior e melhor mudança foi a conexão das relações humanas com todo o potencial de aproximação e escala que a tecnologia nos oferece. Se antes da pandemia era impensável apresentar a oportunidade de negócios a distância ou atender um cliente de outro estado, após a pandemia essa realidade é natural, o empreendedor do segmento da Venda Direta, principalmente multinível, não possui mais nenhuma barreira geográfica para empreender e construir sua carreira. Este ponto, inclusive, é muito positivo, a evolução do segmento que gera maior atratividade para que os jovens possam olhar diferente e empreender com a venda direta.
ABEVD – Quais foram os principais desafios da sua carreira?
Eduardo Soares – Tenho 20 anos de mercado, sempre no marketing e em conexão direta com pessoas. Neste contexto é sempre desafiador, porque pessoas não são números, códigos, e é muito importante levar isso em consideração ao desenvolver um planejamento estratégico de marketing. Ainda sobre pessoas, é um desafio recorrente manter os profissionais de venda direta conectados à empresa e seu propósito de carreira. Como todos sabem, é um setor de baixa retenção e, gerar a conexão emocional com cada revendedor é o caminho para construir uma relação mais duradoura e transformadora para este profissional. Conectado a este ponto, ter obviamente o intenso processo de digitalização que o setor passa e precisou passar, principalmente nos últimos cinco anos. É muito desafiador porque é um segmento que construiu sua forma de fazer na rotina presencial, e que, para ampla maioria das pessoas que trabalhavam com venda direta, o ambiente digital era muito inóspito e desconhecido. Digitalizar o setor, algo que ainda está em andamento, não é somente criar soluções, aplicativos, mudar políticas, mas é permitir que as pessoas evoluam e consigam aproveitar todo o potencial gerado por essa digitalização.
ABEVD – Qual a principal contribuição que espera deixar como gestor de Marketing e Projetos da Akmos?
Eduardo Soares – Por ter iniciado minha jornada na empresa em meio à pandemia, desde o início como gestor do marketing tenho, junto aos demais executivos da Akmos, direcionado os esforços para realizar a transformação digital do modelo. Temos convicção que a união do melhor as relações humanas com o potencial de relacionamento também oferecido pelas novas tecnologias é o caminho do presente, o caminho do futuro. A tecnologia não vai substituir o principal pilar da Venda Direta, mas é fundamental que os profissionais se adaptem para utilizar a tecnologia, pelo simples fato que o consumidor, impulsionado pela pandemia, já se adaptou e exige essa evolução do nosso segmento. Posso dizer que temos colhido resultados positivos neste período, e que o engajamento da nossa rede de líderes multinível e revendedores tem sido muito positiva.
ABEVD – Como você vê a Venda Direta daqui 10 anos?
Eduardo Soares – Eu vejo um cenário muito promissor para o segmento, porque os diversos movimentos que vemos hoje no mercado web, como por exemplo o “dropshipping”, nada mais é do que uma versão moderna de Venda Direta. Ou seja, o modelo é único, consolidado, e, se modernizando e apropriando de seu papel na economia, de forma mais profissional, estará ainda mais fortalecido e conectado com o consumidor final. Acredito também que, o pilar de produtos estará ainda mais valorizado, conectado aos interesses e causas que o consumidor valoriza, gerando uma conexão emocional mais forte e que gerará um processo de retenção deste consumidor.
ABEVD – O que gosta de fazer nos seus momentos livres?
Eduardo Soares – Sou casado e pai de três filhos, então gosto de estar com a família, seja em casa ou fazendo programas com todos. Gosto muito também de esportes, de reunir com amigos. E claro, nossos momentos livres também são oportunidades para estarmos observando os comportamentos das pessoas, estudar um pouco, afinal de contas, o maior ativo do segmento de Vendas Diretas é o relacionamento humano.
Fonte: Assessoria de Imprensa da ABEVD