Com a presença de nomes como Luiza Trajano, do Parceiro Magalú, e Bruno Portela, secretário do Ministério da Economia, evento debateu digitalização, posicionamento e trouxe exposição de grandes marcas com o apoio do Sebrae

Após dois anos de adiamento em consequência da pandemia causada pela Covid-19, a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) realizou, na quinta-feira (20.10), o 3º Congresso Nacional de Vendas Diretas, evento que teve como foco o debate em torno da digitalização do setor, que passou por uma grande aceleração neste período, ressaltando a importância da atividade para empresas e revendedores, que contempla uma força de trabalho de 4 milhões de pessoas no Brasil, segundo a ABEVD.

“É uma oportunidade de empreender com baixo custo e sem risco e hoje os empreendedores podem decidir como trabalhar, usando redes sociais e aplicativos ao seu favor”, explicou a presidente-executiva da ABEVD, Adriana Colloca. “O diferencial do nosso segmento são as relações criadas, que vão além de venda e compra, pois os empreendedores sabem o que seus clientes precisam, oferecendo consultoria e pós-venda personalizados”, completou.

O secretário de Inovação e Micro e Pequenas Empresas do Ministério da Economia, Bruno Monteiro Portela, destacou no Congresso a importância da desburocratização para as empresas e o programa Brasil para Elas, que proporciona acesso ao mercado, tecnologia e crédito para empreendedoras independentes, ajudando-as a alavancar a dimensão de seus negócios no setor das Vendas Diretas.

“A gente entendeu, na pandemia, que era necessário fazer uma política deste tipo. E para se ter uma noção, não tem nenhuma política assim na América Latina. Buscamos que o estado atrapalhe o mínimo possível para uma política pública que favoreça esse setor, e incentive a digitalização e produtividade”, comentou Portela.

A presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, Luiza Elena Trajano, ressaltou que para inovar é necessário não possuir crenças limitantes e que o físico deve se unir ao digital. “Nunca tivemos compromisso com o acerto, então, não temos medo de errar, o que nos permitiu evoluir. Não acredito numa cultura só digital. A loja física não vai acabar, mas vai mudar, pois ela tem que estar integrada com as plataformas digitais”.

O Magazine Luiza recentemente lançou o Parceiro Magalu, nova modalidade de venda que insere a empresa no mercado de Vendas Diretas, proporcionando aos empreendedores a possibilidade de abrir uma loja online para vender os próprios produtos da empresa.

Durante o evento, a diretora de vendas da Natura, Cida Franco, destacou que a tecnologia precisa ser uma parceira nas Vendas Diretas. “Precisamos ter capacidade de nos preparar para fazer que a tecnologia seja uma aliada, e não substituta da relação entre cliente e empreendedor. Precisamos usar a tecnologia para ampliar esse negócio e não para substituí-lo”.

 

EXPO ABEVD 2022

A EXPO ABEVD 2022, que ocorreu simultaneamente com o 3º Congresso Nacional de Vendas Diretas, foi aberta gratuitamente ao público e focou nos empreendedores independentes do setor.

O encontro contou com a presença da expert em liderança na Venda Direta, Diana Couto, a mentora em Vendas Diretas lucrativas, Glória Toledo, a designer de estratégia da Impacto 8, Larissa Maçães, e a consultora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Sebrae, Roberta Leite.

Para Diana Couto, o cenário do mercado atual é repleto de grandes mudanças. “A vida do vendedor é um eterno desafio. Os cenários mudam, então a habilidade mais importante é você aprender a se reinventar. O profissional engessado tem muita dificuldade nos dias de hoje”.

Roberta Leite enfatizou que o empreendedorismo aliado com a Venda Direta deve ser mais valorizado como profissão. Para isso, sugeriu aos empreendedores individuais, mais do que só vender, mas entendam seus clientes e saibam com quem estão conversando e de que forma. “A venda está relacionada com o papel de fazer sentido, fazer escuta para poder ter a melhor solução”.

Os detalhes de todos os debates do 3º Congresso Nacional de Vendas Diretas, com executivos da Natura, Avon, Tupperware, Jequiti, Omnilife, Mahogany, Amway, Royal Prestige, Jeunesse, Hinode Group e Akmos, estão disponíveis no site da ABEVD.

 

1º Prêmio ABEVD de Jornalismo em Vendas Diretas

Para prestigiar matérias jornalísticas sobre o segmento da Venda Direta, a ABEVD lançou o 1º Prêmio ABEVD de Jornalismo em Vendas Diretas. Foram inscritos 58 trabalhos, posteriormente avaliados por uma banca independente de acadêmicos e jornalistas, seguindo os critérios de qualidade técnica, relevância social, abordagem inovadora do tema e amplitude e engajamento sobre o tema.

Ao final, oito trabalhos foram elencados como finalistas para serem apresentados no eventos e a jornalista Ingrid Coelho, com a matéria “Venda de porta em porta se reinventa com pix e whatsapp: ‘redes sociais ganharam muita visibilidade’”, publicada no Diário do Nordeste, foi a grande vencedora.

 

A ABEVD

A Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) é uma entidade sem fins lucrativos, criada em 1980 para promover e desenvolver a venda direta no Brasil, bem como representar e apoiar empresas que comercializam produtos e serviços diretamente aos consumidores finais. A entidade é membro da World Federation of Direct Selling Associations (WFDSA), organização que congrega as associações internacionais de vendas diretas existentes no mundo. Por isso, segue os códigos de ética implantados por suas filiadas, que representam mais de 70 países.