Reunidos no painel “Estratégias dos Líderes das Empresas de Vendas Diretas” mediado pela presidente executiva da ABEVD, Adriana Colloca, o presidente da Avon Brasil, José Vicente Marino, o vice-presidente de venda direta da Natura, Erasmo Toledo e o presidente da Mary Kay Brasil, Alvaro Polanco, apresentaram ideias e perspectivas para o setor no país.

Questionado sobre o atual cenário econômico nacional, José Vicente cravou: “A venda direta vai crescer quando a economia voltar a crescer”. Ou seja, apesar de termos controlado os índices de inflação, ainda há outro dado macroeconômico que impacta diretamente no setor: a renda disponível para consumo. Segundo ele, as vendas esse ano devem continuar estáveis e próximas ao crescimento do PIB.

Com os índices de desemprego em alta, o setor de vendas diretas encara um cenário paradoxo: há mais chances das pessoas buscarem a atividade como alternativa de renda, mas por outro lado, com o baixo potencial de consumo, fica mais difícil realizar as vendas.

“A força das relações vem muito do estilo do brasileiro”, falou Erasmo Toledo, ao explicar um dos motivos que fazem a venda direta ser valorizada no Brasil. Para o executivo, o segredo está na proximidade que as vendas por relações proporcionam. Além disso há as oportunidades geradas pelo setor – principalmente para as mulheres – e a classe empresária do país que é competente.

Alvaro Polanco comentou sobre os desafios enfrentados pelo setor. Para ele, que sempre teve a impressão de que o “Brasil é o país da venda direta por seu potencial”, a queda no consumo pode ser vista como a maior barreira atualmente.

Para encarar esta situação, Alvaro comentou que a empresa trabalha pela valorização da mulher, mostrando o potencial de cada empreendedora para, assim, fortalecer o negócio e ajudar o país a voltar a crescer.

Ao analisar o atual mercado brasileiro de venda direta e o seu crescimento, José Vicente Marino, falou que muitas empresas entraram no setor nos últimos anos e com isso “o mercado hoje é muito mais competitivo do que foi no passado”. Demanda mais sabedoria dos players atuais.

Em plena evolução, segundo José Vicente, a venda direta atual é impactada pela tecnologia que serve como aliada e pela hiperconectividade que vem transformando as relações de venda no setor.

A mudança provocada pela tecnologia e vivenciada pelas vendas diretas pode ser vista por meio das conexões no mundo virtual. Segundo Erasmo Toledo, as vendas diretas podem ser consideradas redes sociais que quando se digitalizam potencializam e reforçam a rede.

“Reunir líderes como José Vicente, Erasmo e Alvaro no mesmo palco foi uma grande alegria. Com eles, que são profissionais super experientes na área, foi possível ver a visão de algumas das maiores empresas para o futuro, como a digitalização está sendo implementada, além é claro de conversar sobre a paixão que move o setor de vendas diretas. Além do conhecimento, os três são acessíveis e práticos. Acredito que assim como eu, todos saíram do painel com belos exemplos de liderança para a vida”, reflete Adriana Colloca, presidente executiva da ABEVD.

Fonte: ABEVD