Mais uma oportunidade bate na porta: a Venda Direta no atual cenário político e econômico
* Por Fernanda Cabrini
Um novo ciclo se iniciou na política brasileira e, com ele, novas esperanças e oportunidades para a venda direta. Congressistas jovens e conectados, distribuídos em uma configuração fragmentada, menos partidária e mais temática. Esta é a realidade e impele o canal da venda direta a revisitar e atualizar a estratégia de participação na formulação de políticas públicas.
O recorde de 595 proposições apresentadas só na primeira semana de legislatura, se por um lado apresenta um desafio de zelar pela qualidade e efetividade dos projetos e não perder o foco necessário para discutir temas estruturantes de nossa realidade, por outro, revelam a oportunidade de a entidade apresentar o impacto socioeconômico e dar visibilidade para a ética e todo potencial propulsor do setor para o país, sobretudo frente aos altos índices de desemprego.
Reformas estruturais, começando pela Previdência, começam a se delinear e o setor já se mobiliza para assegurar sua participação no processo, reforçando os pilares fundamentais do canal – formalidade, ética e inovação – e assegurando a independência e flexibilidade dos empreendedores da venda direta, características valorizadas e reconhecidas por eles.
Na perspectiva tributária, a entidade continuará trabalhando em prol da equidade, para evitar os atuais desequilíbrios quando comparamos a venda direta a outros canais e assegurar que, as empresas do canal continuem assumindo as obrigações fiscais dos empreendedores da venda direta perante o Fisco, mediante a prática da substituição tributária.
Ainda está em jogo a capacidade do Governo Federal se sustentar e conseguir as aprovações de reformas estruturais, assim como dar vazão aos 35 itens da pauta prioritária. Os 100 primeiros dias de Governo serão decisivos para consolidar o cenário, mas, com a definição das comissões no Legislativo, as táticas de negociação ficam mais claras para todos os atores.
Enquanto canal de venda direta, nos cabe evidenciar para os mais diversos stakeholders, o robusto impacto socioeconômico que a atividade traz para mais de 4,1 milhões de pessoas no Brasil, assim como continuar zelando por níveis de conduta ética para que as relações entre empresas associadas, empreendedores diretos e consumidores sigam baseadas na confiança e na integridade.
Desta forma, a ABEVD deve se fazer presente nas importantes discussões que definirão os rumos do país e continuar apoiando o setor não só na defesa de interesses do canal, mas também na promoção de mudanças estruturais que garantam a segurança jurídica necessária para o setor seguir em uma crescente.
* Fernanda Cabrini é gerente de relações governamentais da Avon é Coordenadora do Comitê de Assuntos Institucionais da ABEVD