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Reforma tributária entra na pauta política e econômica

Com a Reforma da Previdência caminhando no Congresso Nacional, outra reforma estruturante entrou com força no radar do Legislativo brasileiro: a tributária.

A Câmara dos Deputados estuda a criação de um grupo de trabalho para analisar a reforma tributária, após a instalação da Frente Parlamentar Mista da Reforma Tributária presidida pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

A frente parlamentar conta com a participação de 187 deputados e 39 senadores e tem como um dos objetivos desonerar o consumo e aumentar a alíquota cobrada sobre a renda.

Uma das ideias do governo federal é reduzir a tributação sobre o lucro das pessoas jurídicas e criar uma tributação dos dividendos pagos às empresas.

A expectativa no Congresso é que a Reforma Tributária ganhe força apenas com a votação da Reforma Previdenciária, mas já há uma movimentação em torno do tema.

O tema tributação é de extrema importância para o setor de vendas diretas e a reforma tributária pode contribuir para acabar com o ambiente concorrencial desequilibrado que há entre os diversos tipos de canais de distribuição ao propor uma equidade de tributos entre as operações, mas para isso seria importante que fosse apreciada a reforma tributária total, não se limitando aos tributos federais, mas incluindo os impostos estaduais e municipais.

O grupo de trabalho deve aproveitar parte da PEC nº 293/04, aprovada no final de 2018 na Comissão Especial da Reforma Tributária e outras propostas apresentadas ao Parlamento como a discutida pelo Centro de Cidadania Fiscal. Com a participação de Bernardo Appy, a instituição busca contribuir para a simplificação do sistema tributário brasileiro e para o aprimoramento do modelo de gestão fiscal no país

Por esta razão, Bernardo Appy é um dos convidados para o 2º Congresso Nacional de Vendas Diretas que acontece no próximo dia 7 de maio, no Villa Blue Tree, em São Paulo.

Ao lado do diretor jurídico da Fiesp, Hélcio Honda, Bernardo Appy participará do talk show “Desafios Tributários nas Vendas Diretas” que será moderado pelo diretor jurídico e relações governamentais da Mary Kay Brasil, Eduardo Vilhena.

Para ver a programação completa do evento e mais informações, clique aqui e acesso o site.

Fonte: BMJ

Ritmo lento da economia impacta índices de confiança e consumo

Política e economia andam de mãos dadas. Se a primeira não caminha bem, dificilmente a segunda apresentará bons resultados. As indefinições políticas que rondam o governo federal refletem diretamente nos principais índices econômicos.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que a taxa de desemprego subiu para 12,4% no trimestre encerrado em fevereiro. Ou seja, 13,1 milhões de brasileiros estavam fora do mercado de trabalho.

Já a confiança do consumidor, verificada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou em março a menor leitura desde outubro de 2018. O índice recuou 5,1 pontos em relação a fevereiro e chegou ao patamar de 91 pontos.

Reflexo da confiança em baixa, as vendas no varejo ficaram estáveis em fevereiro na comparação mensal, segundo o IBGE. O número só não foi pior, pois as compras pré-Carnaval ajudaram na estabilidade do índice.

Na mesma linha, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano de 2,5% para 2,1%.

Estes dados mostram que a economia brasileira segue em ritmo lento de crescimento. A expectativa é que com a aprovação da reforma da Previdência e o encaminhamento da Reforma Tributária, o país volte a receber mais investimentos externos e haja melhorias em todos os números econômicos.

Fonte: ABEVD

2019-12-20T14:30:46-03:00abril 17th, 2019|Categories: ABEVD Clipping|Tags: , , , , , |

Sem brechas para mais gastos

O bom desempenho da arrecadação federal em julho – que alcançou R$ 129,6 bilhões, com aumento real de 12,8% sobre o resultado de um ano antes – levará a equipe técnica dos Ministérios da área econômica a rever para cima as projeções de receitas neste ano. É o melhor resultado para o mês de julho desde 2011. No total acumulado dos sete primeiros meses do ano, a arrecadação alcançou R$ 843,9 bilhões, segundo a Análise da Arrecadação das Receitas Federais divulgada pela Secretaria da Receita Federal. Esse valor é 7,74% maior do que o arrecadado nos sete primeiros meses de 2017, descontados os efeitos da inflação do período medida pelo IPCA.

Esses números – consequência, entre outros fatores, da recuperação da atividade econômica depois do impacto da greve dos caminhoneiros no fim de maio, que paralisou parte do País – ajudarão o governo federal a cumprir a meta fiscal deste ano, que é de um déficit primário de até R$ 159 bilhões.

Mas o quadro fiscal não deixa brechas para o aumento de gastos. O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, disse ao Estadão/Broadcast que a folga na administração das finanças federais propiciada pelo aumento da arrecadação em julho – que pode se repetir nos meses seguintes, embora em ritmo menos intenso – será canalizada para melhorar o resultado primário (que não computa o dinheiro utilizado no pagamento dos juros da dívida). Ou será parcialmente destinada para capitalizar empresas estatais, pois esse tipo de despesa não está sujeito ao teto dos gastos públicos. Como regra, novas liberações de recursos só serão autorizadas se outras despesas forem canceladas.

Uma combinação de fatores propiciou o aumento da arrecadação no mês passado. A recuperação da indústria e o aquecimento das vendas de bens e serviços depois da greve dos caminhoneiros são dois desses fatores. De acordo com o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, os próximos meses ainda deverão registrar alguma melhora da arrecadação decorrente da recuperação paulatina da atividade econômica dos impactos da greve.

O destaque de julho foi o aumento real de 28% da arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que alcançou R$ 24,2 bilhões. O bom resultado das empresas explica parte desse aumento; outra parte é decorrente da proibição das empresas de abater crédito quando a declaração desses tributos for feita com base em estimativa.

A alta do dólar igualmente favoreceu a arrecadação federal em julho. A variação cambial fez aumentar a receita com royalties, que somaram R$ 10,9 bilhões em julho, com aumento de 104% sobre o resultado de 2017. No ano, a receita com esse item somou R$ 33,4 bilhões, 56,8% mais do que o valor arrecadado de janeiro a julho de 2017. Além da valorização do dólar em relação ao real, os royalties foram impulsionados pela alta da cotação internacional do petróleo. Trata-se de receita administrada por outros órgãos do governo e que não necessariamente será apropriada pelo Tesouro nos próximos meses.

Também em grande parte por causa da alta do dólar, a arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados e do Imposto sobre a Importação cresceu 25,9% de janeiro a julho, na comparação com o mesmo período de 2017, alcançando R$ 32,9 bilhões.

Já a receita previdenciária, condicionada ao comportamento do mercado de trabalho formal e à massa de rendimentos pagos aos trabalhadores, teve crescimento real bem mais modesto, de 1,15%. É mais um sinal forte da necessidade de mudanças nas regras de concessão de benefícios para assegurar a sustentabilidade do sistema ao longo do tempo.

Analistas da Receita Federal acreditam que o registro de candidaturas à Presidência da República reduziu as incertezas e tende a estimular a confiança dos consumidores, o que terá impacto positivo sobre a arrecadação. Só os resultados dos próximos meses dirão se eles estão certos.

Fonte: O Estado de S.Paulo

2019-12-20T14:48:06-03:00agosto 30th, 2018|Categories: ABEVD Clipping|Tags: |

Vendas Diretas movimentam R$ 20,9 bilhões no 1º semestre de 2017

Setor mantém-se como meio importante para geração ou complementação de renda, respondendo por 40% do orçamento de famílias nos quatro cantos do Brasil.

A Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) fez o levantamento sobre a performance do setor durante o primeiro semestre de 2017. De acordo com a entidade, o segmento movimentou R$ 20,9 bilhões no período, volume de negócios 2,73% menor que o registrado nos primeiros seis meses de 2016, quando foram registrados R$ 21,5 bilhões.

Segundo a associação, o número de revendedores também teve uma leve retração, quando comparados os semestres: totalizavam 4,27 milhões e, agora 4,19 milhões, um recuo de 1,8%.

Ainda que o cenário macroeconômico do Brasil tenha se mantido instável, devido ao ambiente de recessão, com queda em diversos índices no período, como produção industrial (-5,9% segundo a Confederação Nacional da Indústria, CNI) e atividade comercial (-1,5%, segundo a Serasa Experian), além do aumento do desemprego (taxa de 13% em junho, segundo o IBGE), o setor de Vendas Diretas continua tendo relevância e importância para a economia brasileira, já que seu volume de negócios corresponde a cerca de 8% do PIB da indústria da transformação.

A diretora presidente da ABEVD, Ana Beatriz Macedo da Costa, conta que, apesar de o setor de Vendas Diretas ter sentido o efeito da economia no 1º semestre de 2017, o Dia das Mães – que é a segunda principal data do comércio tradicional – teve importante papel na performance do segmento no período. “A data impulsionou os negócios não só no mês de maio, mas também em abril de 2017”, revela. Ela lembra que o setor contribui para geração ou complementação de renda de muitos brasileiros: “As Vendas Diretas são um canal importante para a manutenção da saúde financeira de muitas famílias Brasil afora, pois contribuem em 40% no orçamento familiar”.

Valeria Rossi, presidente executiva da ABEVD, complementa: “As empresas associadas à ABEVD têm reiterado o compromisso de oferecer condições para que os revendedores se desenvolvam na atividade, seja com treinamentos sobre os produtos, seja com cursos para gerir os seus negócios, o que só reforça o caráter empreendedor deles. Num cenário de recessão, iniciativas assim contribuem significativamente e ainda mais para o profissionalismo da atividade, o que, em última instância, é também um serviço de cunho social”.