Natura patrocina mostra sobre a arte viva de Roberto Burle Marx no Jardim Botânico de Nova York
Mostra reúne exemplos da diversidade artística de um dos paisagistas mais importantes da história, revelando seu processo criativo em diferentes mídias
Marca inconfundível do Rio de Janeiro, os ondulantes mosaicos preto e branco nas calçadas de Copacabana são apenas uma das fabulosas criações de Roberto Burle Marx (1909-1994). Ele se via como um artista acima de tudo e não acreditava na separação entre os campos de prática, jardins e paisagens. Intitulada “Contemporânea Brasileira: A Arte Viva de Roberto Burle Marx” e com início no sábado, 8 de junho, a exposição do Jardim Botânico de Nova York celebra um dos mais icônicos artistas brasileiros.
Burle Marx projetou milhares de jardins e paisagens ao longo de sua carreira e estava bastante ciente da importância da sustentabilidade antes que o tema fosse debatido pelo público em geral. Não por acaso, um dos focos da exibição será sua defesa apaixonada pela conservação dos ecossistemas nativos do Brasil.
“Seu projeto paisagístico é a pura expressão do espírito e do lugar brasileiro e, por isso, a Natura se orgulha de ser uma das patrocinadoras da exibição”, comenta Andrea Alvares, vice-presidente de Marketing, Inovação e Sustentabilidade da Natura. A executiva esteve no evento de lançamento da exposição, na última terça-feira, com a presença de convidados da imprensa e influenciadores. “Em particular, o legado do artista em relação a questões ecológicas urgentes ressoa no coração das nossas crenças”, ressalta.
A exibição celebra a exuberante interpretação do modernismo por Burle Marx, reunindo um formalismo com a exuberância das plantas nativas do Brasil – palmeiras, cicadáceas, Araceae, bromélias e muito mais. A mostra também contará com exemplos da variedade de sua arte – pinturas, desenhos e tecidos -, revelando seu processo criativo e como sua abordagem a diferentes mídias o ajudou a definir as formas, formatos e ideias de design em seus jardins. O centro dessa pesquisa e prática era seu sítio – um laboratório vivo onde ele viveu, trabalhou e hospedou amigos e colegas, liderando botânicos, artistas, poetas e figuras culturais de todo o mundo.
Burle Marx também foi pintor, ceramista, escultor, pesquisador, cantor, joalheiro, tapeceiro e cenógrafo. Começou a colecionar plantas na infância, aos sete anos de idade. E foi em uma viagem a Berlim, para visitar a família de seu pai alemão, após sua formatura na Escola Nacional de Belas Artes do Rio, em 1933, que ele reconheceu a flora brasileira em um Jardim Botânico. Isso inspirou a busca de um caçador de plantas, e cerca de 20 plantas levam seu nome.